Os sorrisos que engrandecem a jornada de trabalho do Dr. Luiz Cesar da Costa Filho na Odontologia
A Revista Interativa tem o prazer de entrevistar o Dr. Luiz Cesar da Costa Filho, um renomado cirurgião dentista que se dedica à área da odontologia há quase três décadas. Formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em dezembro de 1994, Dr. Luiz Cesar é um especialista em periodontia, cirurgias de implantes, próteses dentárias e odontologia hospitalar. Sua vasta experiência e conhecimentos profundos na área têm contribuído significativamente para o avanço e a qualidade dos cuidados odontológicos oferecidos aos seus pacientes.
Além de sua carreira exemplar, Dr. Luiz Cesar é um homem de família dedicado. Casado com Sabrina Damásio de Lima, ele é pai orgulhoso de dois filhos pequenos, Otávio, de 4 anos, e Laura Damásio da Costa, de 3 anos. Em meio a uma agenda profissional intensa, ele consegue equilibrar sua vida pessoal, demonstrando que é possível conciliar uma carreira de sucesso com a vida familiar. Nesta entrevista, conheceremos mais sobre sua trajetória profissional, seus desafios e conquistas, o trabalho voluntário que realiza com as crianças da APAE e como lida com a rotina de trabalho em Santa Maria e Porto Alegre.
A Clínica em Santa Maria localiza-se na Rua Gaspar Martins, 1882. Entre em contato pelos telefones (55) 3223-0177/3028-7888/98126-5745.
O que motivou o seu retorno a morar em Santa Maria após atuar em Porto Alegre?
O que motivou eu voltar a residir em Santa Maria foi criar meus filhos pequenos perto da família e também trabalhar e ampliar os atendimentos da clínica do meu primeiro mestre na odontologia e na vida, meu pai, o também cirurgião-dentista Luiz Cesar da Costa.
Entretanto continuo atuando em Porto Alegre, sigo lá com a clínica nas quintas e sextas, e tenho uma equipe de backup em nossa capital para organizar minha agenda no consultório e nos hospitais (continuo atendendo pacientes nos Hospitais Moinhos de Vento, Santa Casa e São Lucas).
Para que esse sonho pudesse se realizar, comecei a abrir espaço na minha agenda, no final de 2020, deixando a chefia do serviço de odontologia do Hospital Moinhos de Vento e saindo da docência da PUCRS em 2023. Desta forma, consigo atuar de segunda a quarta na clínica da nossa família em Santa Maria, e quinta e sexta na clínica e hospitais de Porto Alegre.
Como foi a transição de trabalhar em centros clínicos de hospitais em Porto Alegre e Santa Maria para assumir a clínica que era do seu pai?
A transição está sendo relativamente simples em termos profissionais, pois já atuava na clínica de Santa Maria, porém com menor frequência. Agora vim para expandir os atendimentos de implante e prótese da clínica. A odontologia hospitalar em Santa Maria ainda não comecei de fato, mas já estou no corpo clínico do Hospital de Caridade e do Hospital da UNIMED.
Como é assumir a clínica que era do seu pai? Quais são os maiores desafios e responsabilidades dessa transição?
Eu não vou usar o termo assumir, pois meu pai é um clínico ativo, porém nos últimos anos ele tirou o pé do acelerador. Eu cheguei para somar na clínica, para curtir trabalhar com meu pai, e com a missão de botar o pé novamente no acelerador.
A responsabilidade que tenho é manter o mesmo nível de excelência de meu pai, mas isso tenho certeza que dou conta, pois ele preparou eu e minha irmã (também dentista – Dra. Carolina Covolo da Costa) por muitas décadas.
Seu pai deixou algum legado ou filosofia de trabalho que você continua a seguir na clínica?
Ele continua deixando muitos exemplos. Meu pai transmitiu a paixão pela arte da Odontologia para mim, e a filosofia dele é colocar o bem-estar do paciente no centro de tudo, ter uma conduta ética impecável e se atualizar constantemente na profissão.
Quais inovações ou mudanças você pretende implementar na clínica que era do seu pai?
Meu pai é um profissional que sempre esteve na ponta em termos de conhecimento de odontologia, mas o que pretendo implantar como minha digital é aumentar a interface da odontologia com a medicina trazendo meus anos de experiência na coordenação de odontologia no Hospital Moinhos de Vento, afinal promover saúde bucal interfere na saúde sistêmica dos pacientes. A saúde bucal pode interferir no curso da doença de pacientes oncológicos, pode influenciar a saúde de pacientes diabéticos, pacientes com doenças reumatológicas, gestantes, cardiopatas, pacientes neurológicos, pacientes hospitalizados, entre outras possibilidades de interação como tratamento do ronco e apnéia, desempenho de atletas profissionais, etc. A lista de possibilidades é imensa.
Como os pacientes da clínica reagiram à sua chegada e às mudanças que você trouxe?
Muito bem, afinal eu estou trazendo um conhecimento complementar e uma larga experiência clínica.
Como você começou a se envolver com o projeto voluntário atendendo crianças da APAE?
Eu tive a felicidade de atender como paciente, na clínica, o empresário Carlos Costa Beber, que na minha visão é um herói de Santa Maria, sempre envolvido com as causas sociais.
Quando eu vim residir em Santa Maria, em fevereiro deste ano, o Carlinhos (hoje meu amigo além de paciente) me convidou para conhecer a APAE-SM. Chegando lá, me encantei com as instalações e com o acolhimento dos profissionais de lá, e perguntei ao Carlinhos se eles tinham consultório odontológico na instituição. Ele me respondeu que não. Então eu falei que toda quarta-feira de manhã atenderia as crianças da APAE, em nossa clínica, de forma voluntária. Uma semana depois, convidei o meu antigo mestre da UFSM, o odontopediatra, Paulo Edelvar Correa Peres, que prontamente aceitou, e agora estamos em dois atendendo esse ambulatório voluntário das quartas de manhã.
Quais são os benefícios pessoais e profissionais que você obtém ao participar deste projeto voluntário?
Os benefícios pessoais são impagáveis, só quem faz alguma atividade voluntária de forma regular sabe o bem que isso faz nas nossas vidas. É uma via de mão dupla, pois eu recebo uma carga de energia positiva dessas crianças especiais e das famílias que não tem preço. Via de regra, as pessoas que levam seus filhos na APAE e no nosso ambulatório social são extremamente dedicadas e amorosas com as crianças, muitas vezes deixando sua vida de lado para cuidar desses anjos. O que eu e o Dr. Paulo fazemos é dividir o peso deles pelo menos em uma manhã. Benefício profissional é a possibilidade de trabalhar com pacientes que poucos atendem de forma adequada, e com isso a possibilidade de desenvolver protocolos novos para os pacientes especiais que muitas vezes precisam ser realizados num hospital.
Quais são seus planos e objetivos futuros para a sua carreira e para a clínica?
Meu objetivo profissional é expandir a clínica de Porto Alegre com meus sócios de lá, expandir a clínica de Santa Maria (Da Costa Odontologia Avançada) e, possivelmente, franquear nossos protocolos clínicos e de gestão. Esse é um projeto que começa a tomar forma. Também estou iniciando uma Startup na área de saúde (uma Health Tech), que por enquanto está em fase de desenvolvimento.
Você pretende expandir seus projetos voluntários ou implementar novas iniciativas comunitárias?
Já estamos implementando novos projetos sociais buscando expandir o voluntariado de outros profissionais da área da saúde. A ideia é atrair outros voluntários em saúde para atender pessoas em necessidade, principalmente nesse momento em que o estado está passando por uma tragédia. O projeto é simples: os brasileiros passam 4h por dia em redes sociais em média (o dobro da média mundial), o que queremos tentar fazer é atrair outros profissionais de saúde a deixar a internet por um dia e doar 4h por mês ou por semana para usar suas habilidades clínicas em uma atividade voluntária.
O que mais te inspira na odontologia e na sua prática diária?
O que mais me inspira é a possibilidade de impactar positivamente a vida das pessoas. Quando devolvemos um sorriso bonito a uma pessoa, isso devolve a autoestima, e a partir daí várias mudanças são observadas na vida dos pacientes que vão bem além da odontologia. Quando preparamos a saúde bucal de um paciente oncológico que irá enfrentar a batalha da quimio e radioterapia, reduzimos muito os efeitos desses tratamentos agressivos e diminuímos o sofrimento. Essas situações me inspiram muito, poder impactar positivamente a vida das pessoas de formas diferentes.
Como você equilibra a vida profissional entre os compromissos na clínica, os hospitais e os projetos voluntários?
Santa Maria me ajuda muito nisso. Aqui passo bem menos tempo me deslocando e minha família tem uma rede de suporte maior. Quando vou a Porto Alegre nas quintas e sextas, tenho um time de profissionais que otimizam muito minha agenda lá, o que me permite trabalhar das 7h às 22h com muita eficiência. E a verdade é a seguinte, quanto mais ocupado a gente está, conseguimos fazer melhor ainda a gestão do tempo.