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Maior escola de taekwondo do Brasil inaugura em Santa Maria

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A Revista Interativa entrevista Lucas Roso Colpo, um empreendedor de Santa Maria que, nos últimos seis anos, tem dedicado sua vida às artes marciais como instrutor de taekwondo. Recentemente, Lucas alcançou uma das maiores realizações de sua carreira ao inaugurar a ATA Focus System, a maior escola de taekwondo do Brasil, em sua cidade natal. Ao lado de sua namorada e parceira de jornada, Maria Júlia Michel Pires, que também é apaixonada pelo esporte, Lucas tem promovido o crescimento do esporte na região.

O evento de inauguração, realizado no sábado, 10 de agosto, foi um marco significativo, reunindo familiares, colegas, alunos e seus pais em uma celebração de grande alegria e expectativa. Com um projeto arquitetônico moderno e funcional assinado pela Stanza Arquitetura, com assinatura dos arquitetos Denise Duarte Michel e Juliano Rangel, a escola promete ser um grande marco para o taekwondo no Brasil. Hoje, Lucas nos conta mais sobre essa trajetória de sucesso, os desafios superados e as expectativas para o futuro do esporte na região.

Lucas, você começou a treinar taekwondo aos 6 anos e hoje é instrutor experiente. Como essa trajetória moldou sua visão sobre o esporte e a forma como você ensina seus alunos?

No início, sempre quis fazer algum outro esporte. Como qualquer outro menino, o desejo era pelo futebol. Por um acaso do destino, meus pais acabaram me matriculando na escola de taekwondo da ATA, já que buscavam, para mim, uma atividade física que pudesse desenvolver a minha perseverança, disciplina e autocontrole. Hoje agradeço todos os dias, a eles, por terem me colocado no taekwondo, pois muitas das situações do dia a dia, seja na vida estudantil, seja na vida adulta, utilizo os valores e ensinamentos que aprendi desde pequeno. É a partir dessa construção, também, que ensino os meus alunos, não só valores e ações para dentro do tatame, mas também para que possam aplicar em suas vidas – para que taekwondo Songahm represente mais do que um esporte na rotina dos alunos, para que seja uma filosofia de vida.

Você participa de campeonatos internacionais e já conquistou títulos nacionais e pan-americanos. Quais foram os maiores desafios que você enfrentou em sua carreira competitiva e como os superou?

Vejo que meus maiores desafios foram dois: preparo físico e saúde mental, sobretudo no momento de pré-competição. Para isso, adotei uma estratégia de visualização mental, que inicio nos dias que antecedem as competições, para trabalhar e liberar a ansiedade e o nervosismo antes de entrar no tatame, e evitar que esses fatores se sobreponham a toda preparação e confiança de que farei o meu melhor.

Como você concilia sua carreira como instrutor de taekwondo com seus estudos em fisioterapia? Há alguma interseção entre essas duas áreas que beneficie sua prática e seu ensino?

Sempre busquei estudar e aprender a fisioterapia, não só na teoria, mas também na prática – aplicando os aprendizados da faculdade nas minhas aulas de Taekwondo. Houve dias em que saí da aula com o conteúdo na cabeça e colocava em prática, nas turmas da noite, algo que havia acabado de aprender.

Em sua opinião, qual é a importância do taekwondo na formação de crianças e adolescentes, tanto do ponto de vista físico quanto psicológico?

O taekwondo para as crianças é, no ponto de vista físico, uma atividade extracurricular que possibilita o desenvolvimento da motricidade e da coordenação na primeira infância. Já para o aspecto mental, em conjunto da família, o taekwondo é fundamental para a formação do caráter e dos valores – os quais servirão para a sua vida.

Para os adolescentes, o taekwondo serve como uma ótima atividade física, permitindo esse jovem adulto desenvolver a força, a flexibilidade e, sobretudo, a qualidade de vida. Isso ajuda a liberar a ansiedade e a trabalhar as questões da idade por meio do autocontrole, da perseverança em suas escolhas e da prática de disciplina na sua rotina e estudos.

O que você aprendeu durante sua participação no campeonato mundial em Phoenix que pretende aplicar em seus treinos e nas aulas com seus alunos?

Estratégias de luta, execução de técnicas, conhecimentos para os treinos de fórmulas e de fórmulas de armas; tudo isso compõe uma grande lista de aprendizados, os quais já estou colocando em prática nos meus treinos e nas aulas para os meus alunos.

Você já treinou alunos de diferentes idades e níveis. Quais são as abordagens e estratégias que você utiliza para adaptar o ensino do taekwondo para cada faixa etária?

O primordial é entender o aluno: quais são suas limitações físicas e seus objetivos ao buscar uma arte marcial. A partir disso, busco trabalhar, nas aulas, o conteúdo conforme seu perfil e nível de prática do Taekwondo, visando transmitir o conhecimento de modo a atender, da melhor maneira, cada um dos seus objetivos.

Fale sobre o título Pan-Americano que você se consagrou campeão. Qual a sua melhor recordação desse momento?

Esse título Pan-Americano estará sempre na minha memória. O melhor momento foi, quando tudo acabou, “descobrir” que havia acabado de me tornar campeão, poder abraçar minha namorada, alunos, familiares, colegas de ringue e comemorar com eles, além de todas as pessoas que torciam por meio das lives no Instagram. Esse foi o momento mais marcante.

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