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Aluno da Cultura Inglesa Santa Maria irá disputar campeonato internacional em Londres

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Em 2022, Francisco Gómez Fagundes, aluno da Cultura Inglesa Santa Maria, se consagrou campeão do Your Voice. No concurso nacional de public speaking, foram 1525 alunos inscritos de todas as escolas do Brasil. Desse número, 475 passaram para as quartas de final. Dentre todos os participantes, 3 alunos da Cultura Inglesa Santa Maria chegaram à reta final.

Neste ano, Francisco foi o vencedor do Nacional Public Speaking Competition. O aluno irá para Londres competir no International Public Speaking Competition. A Cultura Inglesa Santa Maria está muito orgulhosa do seu aluno. Confira a entrevista com o Francisco sobre a competição e a expectativa de viver esse momento.

Como você se sentiu ao descobrir que foi premiado no concurso nacional de oratória?

Eu só lembro que eu comecei a rir. Quer dizer, eu fiz uma cara muito esquisita entre choque e felicidade, mas eu estava realmente muito, muito feliz naquela hora. Depois de já ter tentado a mesma competição ano passado e ter ficado em segundo lugar, existia muito a expectativa de isso acontecer de novo, e na hora que anunciaram meu nome parecia que eu não tinha processado direito. Eu inclusive lembro que olhei pro meu orientador, que viajou comigo até Belo Horizonte e perguntei se era eu mesmo!

Qual foi o tema da sua apresentação que lhe rendeu o prêmio nacional? E como você escolheu esse tema?

“Um grande líder pode mudar o mundo em um instante”, esse tema é padronizado no mundo inteiro para a competição internacional e suas divisões nacionais, mas a abordagem pode variar muito: Por exemplo uma das minhas competidoras discursou sobre seu transtorno alimentar, já eu preferi discutir a nossa necessidade de mudanças no mundo em que vivemos. Parece que precisamos que alguém venha e resolva nossas coisas em um instante, como propunha o tema. Tentei elaborar sobre como, na verdade, qualquer mudança causada rapidamente, tende a ser menos produtiva. Se queremos mudanças de verdade, precisamos trabalhar juntos e com paciência. Ninguém pode mudar o mundo para melhor sozinho, muito menos num instante.

Quais foram os maiores desafios que você enfrentou durante a preparação para o concurso nacional?

Nervosismo, ansiedade, não consigo pensar em outra coisa. Mesmo que eu já tivesse o discurso pronto, memorizado de cabo a rabo, eu pensava, a todo momento, que eu ia gaguejar, que eu ia pular alguma parte quando a hora chegasse pra valer. Eu tinha muito medo de começar a tremer, pode parecer esquisito pra alguém que gosta de fazer oratória, mas quando eu entro em palco, ou me levanto pra falar pela primeira vez, ainda mais quando eu estou com um microfone, minhas mãos tremem pelos primeiros minutos. Por sorte, nada disso aconteceu, me senti meio possuído na hora de discursar, meus parentes falam que eu sou do tipo que só faz direito na hora e eu acho que não foi diferente dessa vez.

O que você espera alcançar representando seu país no concurso internacional de oratória em Londres?

Difícil dizer, entre 54 participantes só 6 chegam na final, isto é, eu tenho que ganhar de outros 9 para sequer ter alguma chance de competir pelo grande prêmio. Estar lá é uma vitória por si só, mas chegar na final seria surreal, sendo que eu seria o primeiro brasileiro a fazê-lo.

Como está se preparando para competir em um cenário internacional? Existem diferenças na abordagem em relação ao concurso nacional?

A principal diferença é que na final o tema do discurso é diferente, no caso, “Nada em si é bom ou mau, tudo depende daquilo que pensamos”, e eu já estou escrevendo esse discurso para já ter ele memorizado quando chegar em Londres. Além disso, há uma modalidade de discurso improvisado, na qual os candidatos recebem um tema e tem que escrever e declamar um discurso sobre ele em 15 minutos. Uma modalidade em que posso ter facilidade, visto que faço Simulações das Nações Unidas com o Colégio Militar há mais de 3 anos, e nesse estilo de debate tem que formular o pensamento rapidamente em discursos de um minuto, para que fluam as discussões.

Quais são suas expectativas em relação à experiência de competir em Londres e interagir com estudantes de diferentes países e culturas?

Londres é uma cidade dos sonhos, estar lá por uma semana com uma boa programação de tours culturais já me deixa mais do que contente, mas estou muito animado com a possibilidade de conhecer gente de origens tão diferentes. A competição parece colocar ênfase em construir amizades e cooperação, o que pra mim parece o ideal para poder criar laços com todos os cantos do mundo.

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