Entrevistas

A transformação da saúde bucal infantil: a experiência de Juliana Praetzel na OCA Odontologia

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Admiradora e apaixonada pela saúde bucal infantil, a doutora em odontopediatria, Juliana Praetzel, é uma referência em sua área. Natural de Santa Maria e mãe de Cintia, acadêmica de Fisioterapia e João, acadêmico de Odontologia. Juliana graduou-se em Odontologia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), onde também fez sua primeira especialização na área infantil. Com uma carreira de mais de três décadas, atuou por 10 anos, exclusivamente, com clínica odontológica infantil e, a partir de 1992, assumiu o papel de professora de Odontopediatria na UFSM, onde seguiu até 2017. Conversamos com Juliana sobre o rebranding da OCA Odontologia, o atendimento lúdico e como a clínica acolhe as crianças e suas famílias. Confira a entrevista abaixo!

A OCA Odontologia completou 21 anos de história. O que você destacaria como o maior aprendizado ao longo dessas duas décadas de atuação?

Meu maior aprendizado foi desaprender e reaprender, modernizar, reciclar e atualizar constantemente, essencial quando se aplica a ciência embasada em evidências. Entender que a evolução profissional, das abordagens e técnicas, ajudada pelo estudo e pela tecnologia, dentro de uma Odontologia que está sempre em renovação, é essencial.

Recentemente, a OCA passou por um rebranding. O que motivou essa transformação e qual é o novo conceito por trás dessa nova fase?

O rebranding foi uma evolução natural da nossa trajetória. Queríamos modernizar nossa identidade visual e também os espaços da clínica, por isso todas as salas ganharam novo mobiliário, assim como houve adequação da Brinquedoteca, Espaço Games e da Biblioteca. O novo conceito reflete inovação, reforçando nosso compromisso de acompanhar as crianças em todas as fases, desde a gestação até a adolescência, sempre oferecendo um ambiente de confiança.

Uma novidade interessante é a chegada da “turminha dos dinos” na OCA. Como esses personagens foram criados e qual é o objetivo deles no atendimento infantil?

A “Turminha dos Dinos” foi criada para trazer mais diversão ao atendimento. Temos o Ocassauro, de 10 anos, o D-Rex, de 15, e a Dinolívia, uma bebê de 1 ano, cada um representante de uma fase do desenvolvimento que a OCA se propõe a acompanhar, o bebê, a criança e o adolescente (este, até a fase adulta). Eles ajudam a tornar as consultas mais leves e educativas, promovendo o aprendizado de hábitos saudáveis de forma lúdica.

Como é o processo de acolhimento das crianças na OCA Odontologia? Há algum diferencial no atendimento que torna a experiência mais tranquila para os pequenos e suas famílias?

Desde a recepção, com o sorriso contagiante da Tia Cris, o paciente e sua família já são acolhidos. Os bebês e as crianças maiores são direcionadas para a Brinquedoteca, onde começa o atendimento, com a atualização  sobre o histórico  de saúde. Finalizada essa etapa, passamos para a sala clínica onde o lúdico continua, tornando esse ambiente agradável pelas brincadeiras com a cadeira odontológica, luz mágica (refletor), brincadeiras com água (seringa tríplice) e, se os pais acharem interessante, temos uma telinha para passar vídeos ou músicas para ajudar nesse atendimento.

Na brinquedoteca, a criança será estimulada a explorar suas potencialidades e criatividade, com brinquedos que direcionam para o aprendizado da higiene bucal, como fantoches, quebra-cabeças, o “Bocão”, além dos Dinos, é claro.

Já, os adolescentes, são direcionados para a área de games, enquanto a família irá atualizar os dados de saúde no escritório de consulta.

O diferencial no atendimento está, em relação aos bebês e as crianças, justamente em como transcorre o processo de modelagem/ambientação por meio do lúdico, enquanto, para os responsáveis, no processo informativo holístico sobre as necessidades de seu filho (a), onde abordamos as questões funcionais da criança (respiração, sucção, deglutição, fala, postura… ) como essenciais para a saúde bucal.

Quais métodos lúdicos você utiliza durante as consultas?

Tudo começa na Brinquedoteca, onde as crianças podem brincar e se distrair. Na sala de atendimento, elas interagem com os instrumentos e a cadeira odontológica, o que ajuda a descontrair. Para os bebês, utilizamos músicas suaves, e para os adolescentes, oferecemos entretenimento adequado à idade, criando uma experiência mais agradável para todos.

Qual é a importância de adaptar o atendimento de acordo com a faixa etária da criança, desde o bebê até os adolescentes? Existem abordagens específicas para cada fase?

Sim, é fundamental. Até os 6 anos, os pais devem acompanhar e ajudar na escovação. Conforme a criança cresce, ela ganha autonomia, mas o acompanhamento continua importante até que o dentista perceba que ela já consegue cuidar da higiene sozinha. Cada fase tem suas particularidades, e ajustamos nossa abordagem para cada uma delas.

Você poderia compartilhar alguma experiência marcante de como o atendimento lúdico e o ambiente acolhedor da clínica ajudaram a transformar a experiência odontológica de uma criança?

Muitas crianças saem da OCA tristes, mas não porque estavam com medo ou dor, e sim porque não querem ir embora. Elas se divertem tanto na clínica que os pais até evitam contar sobre a consulta com antecedência, pois os filhos ficam muito ansiosos e animados. É muito gratificante ver como o ambiente acolhedor transforma a experiência odontológica em algo positivo e divertido para elas.

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