Fleming se consolida, agora também com o Ensino Médio em Santa Maria
Isimar Stefenon Hundertmarck, diretor do grupo Fleming Santa Maria desde 2015, fala com exclusividade para a Interativa, sobre o Fleming. Formado em geografia, contabiliza em sua trajetória 27 anos como professor, gestor, investidor e empreendedor. Hoje fala com tranquilidade, os desafios de preparar os alunos também no ensino médio e apresenta a proposta do Colégio Fleming e do pré vestibular.
Criado em 2003, o Fleming foi o primeiro pré-vestibular exclusivo para Medicina do Brasil. A ideia surgiu de um professor e médico psiquiatra, a partir da proposta de proporcionar uma formação forte e específica, que preparasse para as provas mais concorridas do país de maneira aprofundada e intensa. Assim surgiu a primeira sede, localizada em Porto Alegre/RS.
Em 2015, o Fleming já estava presente em 3 cidades gaúchas: Porto Alegre, Caxias do Sul e Passo Fundo. Foi quando o grupo de Santa Maria entrou para o negócio abrindo uma unidade em Santa Maria e, no ano subsequente, a quinta unidade Fleming no RS, em Pelotas.
Com a força jovem do grupo de Santa Maria e a experiência do professor fundador, o Fleming passou a ser objeto de admiração de empresas maiores do centro do país e ao final de 2017 o professor fundador, se retirou da operação passando o controle do Fleming para o fundo de investimentos Colibri, de São Paulo.
A partir do ano de 2018, sob a condução do CEO Paulo Henrique Landim, economista formado pelo INSPER e com mestrado em Harvard, o Fleming iniciou uma expansão em nível nacional. “A vontade de cursar um MBA no exterior e a aprovação em Harvard Business Scholl abriram muitas portas. Foi durante a pós graduação em Boston, Massachussets (EUA) que surgiu a oportunidade de comprar a marca Fleming, uma empresa alinhada com o propósito em educar com foco e disciplina, nos moldes dos melhores cursos do mundo”, afirma Paulo.
Somando as forças, o time de lideranças do Fleming também conta com a expertise de João Vicente Netto, outro grande empreendedor, com graduação e pós-graduação em matemática pela UFSM. Também possui vasta experiência na área de gestão, tendo cursado Ciências Econômicas na UFSM e exercido o magistério de 1996 até 2012. João ocupa hoje a Direção Editorial do grupo Fleming, sendo o responsável pelos sistemas de ensino, da edição até a logística dos materiais didáticos. Também atua na área de novos negócios e, apesar da expansão nacional do Fleming, manteve a sua residência em Santa Maria.
Atualmente, a marca Fleming possui unidades nos três estados do sul do país e no Distrito Federal. “A estratégia desde 2018 tem sido ocupar as cidades grandes e médias do Sul, além de plantar uma semente na região Centro-Oeste do país. Nosso sistema não é franquia, o que aumenta a responsabilidade da administração, que tem a sua central em Porto Alegre”, pontua o diretor João Vicente Netto.
Unidades Fleming no Brasil:
RS: Porto Alegre, Santa Maria, Caxias do Sul, Passo Fundo, Canoas, Pelotas e Rio Grande
SC: Joinville, Chapecó, Concórdia e Criciúma
PR: Curitiba, Londrina e Cascavel
DF: Brasília e Taguatinga
Em 2023 a marca comemora seus 20 anos de existência com pré-vestibular e 3 anos como Ensino Médio. O Fleming, hoje, proporciona que seus alunos pensem grande: é possível entrar na USP, na UNICAMP, na UFRGS, na FUNDAÇÃO, na UFSM e em tantas outras escolas superiores (tanto médicas quanto das demais carreiras) de referência no país.
Mas o Fleming não é apenas um colégio e pré-vestibular forte, isso fica muito claro quando conversamos por alguns minutos com a equipe Fleming.
Por que investir no Ensino Médio?
Equipe Fleming – O Ensino Médio é a transição para a vida adulta. O jovem, naturalmente, passa por uma fase de muitas incertezas, que se tornam exponenciais diante das mudanças pelas quais a própria sociedade está passando. O Ensino Médio no Fleming surgiu a partir dos inúmeros pedidos das famílias e também do advento do novo Ensino Médio no país. Percebemos que havia público interessado e tínhamos um time de professores de extrema qualidade. Juntamos as duas coisas com um material didático forte e o projeto aconteceu. Foram apenas 3 anos e a projeção para 2024 é que venhamos a ser a maior rede não confessional de ensino médio aqui no RS.
O Fleming tem crescido basicamente por cinco fatores:
1) O ambiente privativo para o adolescente propicia um clima mais constante de estudos. O colégio não é compartilhado com estudantes de outros níveis (educação infantil e ensino fundamental).
2) O material didático é próprio e os estudantes gostam muito do material. Utilizam os livros.
3) Os estudantes no Fleming já são instruídos com extrema qualidade sobre os processos seletivos no país. Se o estudante quiser fazer simulados modelo UFRGS, UNB, UFPR e UFSC desde o primeiro ano, já pode. Além de receber simulados periódicos com correção TRI (igual a do ENEM) desde o início do primeiro ano. E tudo isso ocorre de maneira natural e humana.
4) O estudante entra para um grupo seleto cuja a pauta é aprender. Com colegas interessados a tendência é de o estudante se interessar também por aprender.
5) Um outro ponto interessante é que somos procurados por muitos professores, temos um plano de cargos e salários e isso qualifica o time. Tomando como exemplo, nas turmas do Colégio Fleming em Santa Maria, temos professores que recebem até mais que o dobro da maior hora aula dos demais colégios privados da cidade. Além de diversos professores com mestrado e doutorado.
Enfim, o Fleming é também isso. Mas não é só isso. Parece que acontece algo mágico quando o jovem veste a camiseta do Fleming. A escola estimula diariamente o protagonismo do estudante, oferece disciplinas eletivas por áreas de interesse (medicina, psicologia, direito, arquitetura, saúde e qualidade de vida, etc), além de possuir um departamento próprio de inteligência educacional, com braços em Brasília e Porto Alegre.
Quais as deficiências encontradas na educação?
Equipe Fleming – As deficiências são inúmeras e sistêmicas. Tem muita gente boa trabalhando em educação! Porém, de um modo geral, os especialistas apontam dificuldades nos cursos de formação de professores, algumas vezes desconectados da prática e/ou mesmo com baixa procura por parte de futuros professores. Não há incentivo para ser professor de educação básica no país. Há um projeto em tramitação no Senado que isentaria o professor do imposto de renda. É um início, mas ainda não será o suficiente.
Mas não é só isso, os problemas perpassam pela própria infraestrutura das escolas até a forma como se organizam a educação infantil e os anos iniciais do ensino fundamental. Sempre salientando que estamos falando de um modo amplo e genérico, alguns especialistas apontam que as escolas não estão preparadas para ensinar criatividade, cuidados com o físico, com as emoções e outras competências que complementariam as competências cognitivas.
Por outro lado, há também de se ponderar o imediatismo (ansiedade) da sociedade, por vezes esquecendo que educação é um ativo que se incorpora ao ser humano ao longo da vida.
Então, qual a visão do Fleming?
Como a educação é uma ponte que começa no nascimento e termina no fim da vida, o Ensino Médio é uma parte dessa ponte. Que seja um excelente trecho! O colégio precisa se preocupar em proporcionar o melhor para aqueles 3 anos. Professores de excelência, utilização dos materiais didáticos, direção e coordenação humana e competente, atenção para a saúde mental da meninada, conexão com as famílias, disciplina, infraestrutura que propicie mais vontade de estudar e apoio. Se puder empoderar o estudante como o Fleming faz, melhor ainda.
E também a sistemática na 1ª e 2ª séries, o estudante trabalha quase toda a Base Nacional Comum Curricular, já no terceiro ano faz um curso completo com os professores titulares do pré-vestibular. O estudante chega ao final do médio muito bem preparado.
É dentro desta visão e metodologia que muitas famílias têm optado para o ensino médio do Fleming. Caso da Gabriela Oliveira Ferreira que carrega em seu DNA uma forte tradição de professores. Confira a entrevista com sua vó, Ana Jamile Oliveira, meio século dedicado à educação.
Conversamos também com uma das autoridades em educação pré-vestibular de Santa Maria, a professora Ana Jamile Oliveira que fez parte da segunda turma de Licenciatura e Bacharelado em Química da UFSM, e que por 51 anos formou 30 mil alunos.
Como foi sua trajetória na educação?
Ana Jamile: “Lecionei no Colégio Sant’anna, Colégio Manoel Ribas, Colégio Maria Rocha além de começar a dar aulas em pré-vestibular. Fiz minha faculdade praticamente trabalhando. Sempre fui uma apaixonada pela Química, pois entendia a constituição dos materiais, dos alimentos, da energia emanada pelas mais simples coisas”.
Após um período em Caxias do Sul, voltei com meu marido Luiz Carlos Pistoia de Oliveira para Santa Maria, já com duas filhas, Caroline Mottecy de Oliveira e Carmela Oliveira Baltazar, fui aprovada num concurso para UFSM, onde lecionei Didática para o ensino da Química, e fui coordenadora do antigo LEICE (Laboratório de ensino e informática do Centro de Educação), fazendo mestrado nessa área, o que me dava grande prazer.
Experiência como professora e empreendedora:
Ser professora me completava muito. Amava o que fazia e sempre conseguia transmitir esse meu entusiasmo a mais de 30.000 alunos que, ao longo da minha trajetória, encontrei nos colégios, Universidade e Pré-vestibulares.
Sempre me perguntei ao preparar uma aula: como vou transmitir esse conhecimento aos meus alunos, quais as estratégias de ensino de que preciso para que eles me compreendam, quais os pré requisitos necessários para que esse assunto faça ligação com os conhecimentos já adquiridos. Não podia “jogar” meu conhecimento exatamente como eu tinha para mim. E isso sempre deu certo.
No ano de 1996 fundamos o Pré-vestibular Fóton, escolhendo professores que tivessem o mesmo perfil e conhecimento didático de como ensinar (isso é fundamental). Tinham que gostar de ser professores, ter amor à sua profissão. Deu muito certo ao longo de 21 anos, com uma média anual de 800 alunos de várias cidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
A maioria de nossos professores começaram sua trajetória no Fóton, criando conosco laços indestrutíveis de amizade e confiança. Hoje são mestres renomados e reconhecidos por sua capacidade. Durante a pandemia de 2020 resolvi parar de lecionar e me dedicar à família e aos meus 5 netos.
Razões por escolher o colégio Fleming?
Sempre foi meu desejo que aqueles professores que me acompanharam no Fóton Vestibulares fossem professores dos meus netos! Sonho muito antigo que agora está prestes a se realizar.
Muitos professores do Fleming fizeram sua trajetória comigo, muitos deles viram minha neta nascer. É uma confiança quase fraternal. O cuidado com que o Fleming tem para a escolha de professores é fundamental para o sucesso dessa instituição, além das normas escolhidas para sua administração.
Sou grata em poder acompanhar o desenvolvimento intelectual e a aprendizagem da minha neta no preparo para sua vida. O nível médio é fundamental para o sucesso de qualquer jovem na profissão futura escolhida. Muito de seu carácter será moldado em sala de aula conjugada com os valores familiares. Confio na administração e valores que norteiam a instituição Fleming de Santa Maria. O material didático, que tive o prazer de verificar, é moderno, agradável ao estudo e completo.
As aulas são ministradas aliando a capacidade de ensinar dos professores com o material didático que é usado e isso é rigorosamente seguido.
As disciplinas eletivas, obrigatórias no nível médio, dão ao aluno uma visão de mundo muito interessante para sua formação.
Sempre fui muito franca e quem me conhece sabe que não tenho muitos rodeios para tratar e emitir opiniões. Enfim, missão sendo cumprida.
Tenho a satisfação da minha neta, Gabriela de Oliveira Ferreira, reencontrar professores escolhidos por mim durante o tempo de meu empreendedorismo educacional e uma escola moderna e ao mesmo tempo conteudista o que acho importante para desenvolver a capacidade intelectual e espírito crítico, afirma Ana Jamile.