Mundo Afora

Quebec – O berço da história do cooperativismo

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O Canadá está situado no extremo norte das Américas, é o segundo país do mundo em extensão territorial – ficando atrás somente da Rússia. Faz fronteira com os Estados Unidos ao sul e ao noroeste com o Alasca. Seu litoral é banhado pelo Oceano Atlântico, Pacífico e Ártico. O Canadá é um país rico, sendo a oitava maior economia do mundo em PIB nominal, o que o coloca a frente do Brasil, mesmo tendo uma população cinco vezes menor que a brasileira. 

Cleomar Abreu, diretor executivo da Unicred Ponto Capital, participou de um Intercâmbio organizado pela Confebrás, em parceria com a Unicred e Sescoop, com o foco em Gestão de Cooperativas de Crédito. Um grupo de executivos e presidentes de cooperativas da Unicred, filiadas à Central Geração, visitaram as cidades de Montreal, Quebec e Lévis. Cleomar compartilhou com a Revista Interativa alguns momentos marcantes da viagem ao Canadá, que teve o objetivo de conhecer a história do cooperativismo, construída pelo Sistema Desjardins.

O país é referência em cooperativismo de crédito, em especial o Sistema Desjardins, que domina o mercado financeiro de Quebec, ficando posicionado a frente dos seis grandes bancos canadenses nessa região. Atualmente, a província possui 8,5 milhões de habitantes e o sistema Desjardins possui 7,5 milhões de cooperados, o que representa praticamente 90% da população, demonstrando a força do cooperativismo.

O sistema foi fundado há mais de 120 anos, e mantém em Lévis, cidade vizinha à Quebec, as sedes administrativas das empresas que compõem o sistema, formando o que denominam de “Cidade Desjardins”, um complexo de prédios que se conectam em uma grande área. Além disso, o museu Alphonse Desjardins, estruturado na casa original do fundador do sistema, conta com a história preservada, para garantir que a evolução e crescimento do sistema mantenha vivo o propósito cooperativista.

“Em Montreal temos a HEC, uma instituição universitária de língua francesa que oferece ensino e pesquisa de renome internacional na área de administração. Nela, temos o Instituto Internacional de Cooperativas Alphonse e Dorimène Desjardins, que tem o objetivo de compreender e promover a posição e o papel das cooperativas na economia e na sociedade, sendo esse o instituto responsável pelo programa de formação que realizamos nessa viagem”, conta ele.

Foram oito dias no Canadá e o grupo aproveitou o final da primavera, com dias de temperatura entre 10 e 15 graus e bastante vento gelado. Quebec, uma das cidades mais visitadas do Canadá, impressiona pela beleza arquitetônica. O estilo europeu apresenta uma cidade antiga, super preservada à beira do Rio São Lourenço. A parte mais antiga de Quebec, a Vieux-Quebec, tornou-se patrimônio cultural da Unesco e é toda cercada por uma muralha. “Explorar essa parte antiga, conhecendo os prédios históricos e imponentes é uma experiência incrível. A cidade se divide em cidade-alta e cidade-baixa, e possuem ligação por um funicular. Andar pelo terraço Dufferin, um calçadão de madeira construído sobre os restos do forte e castelo Saint-Louis, é uma atividade obrigatória, com uma vista incrível do penhasco e perto do Château Frontenac, o hotel mais fotografado do mundo. Outros pontos turísticos são a La Citadelle, o Hotel du Parlament e a Catedral Notre Dame de Quebec, que estava em reforma”.

A comida mais tradicional é o Maple Syrup que tem como principal produtora a Província de Quebec, xarope que vem da Maple Tree – a árvore cuja folha é o símbolo do Canadá. “A batata frita também é muito famosa, sendo a base do Poutine, prato famoso na província de Quebec onde é servida com molho de carne e muito queijo, sendo que ela também é acompanhamento de quase todos os pratos dos restaurantes”, ressalta Cleomar. 

Em Montreal, os pontos turísticos são super interessantes. É a maior cidade da província de Quebec, com 1,8 milhões de habitantes, e seu nome é uma homenagem ao Monte Royal, uma montanha com três colinas, que se destaca na cidade que é praticamente toda plana. O Monte Royal abriga um grande parque verde de mesmo nome, com vistas espetaculares da cidade. Outro parque que é visita obrigatória é o Jean-Drapeau que também oferece uma vista linda para Montreal. Nele estão o circuito Gilles-Villeneuve, onde acontece a F1 do Canadá, o Cassino de Montreal, o parque de diversões La Ronde, o museu Biosphere, espaços destinados à arte, praias públicas, além de áreas para pedalar ou andar de patins. 

A região mais antiga da cidade é conhecida como Vieux-Montreal, e está toda preservada, com muitas opções de restaurantes, bares e hotéis em meio de uma arquitetura incrível. “Em especial nessa região encontramos muitas igrejas que estão sendo palco de shows ou se tornaram teatros. Na Notre-Dame de Montreal pudemos conferir um belo espetáculo de luzes. Outra característica muito interessante é que a cidade é toda adaptada para o frio, tendo inclusive uma cidade subterrânea que é composta de túneis e galerias, numa extensão de 30 km que conecta vários prédios e pontos importantes da cidade, para que as pessoas não precisem sair na rua nos dias mais rigorosos do inverno. Por fim, vale lembrar que Montreal é a sede do Cirque du Soleil, e assistir a uma apresentação lá é uma experiência única”, finaliza.

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