
É uma doença infecciosa desencadeada pelo vírus Epstein-Barr. Trata-se de uma enfermidade febril aguda, transmissível, de baixa letalidade.
Como se manifesta?
A criança apresenta queixas somáticas sistêmicas: fadiga, mal estar, febre e linfadenopatia generalizada.
Quando suspeitar de mononucleose?
- Linfadenopatia generalizada (principalmente cervicais anteriores e posteriores)
- Faringite com petéquias em palato duro e mole (eventualmente exsudato semente a amigdalite estreptocócica)
- Exantema maculopapular
- Edema periorbitário.
- Síndrome de Gianotti-Crosti: exantema simétrico nas bochechas, com papulas eritematosas múltiplas.
- Achados da mononucleose: Trombocitopenia e neutropenia. Anemia hemolitica. Síndrome da fadiga crônica (pode durar até 6 meses)
Entre as complicações raras encontra-se:
- Hemorragia esplênica subcapsular (ruptura do baço)
- Estridor respiratório, dificuldade de respirar por oclusão de vias aéreas (geralmente por edema das tonsilas)
- Síndrome da Alice no país das maravilhas (distorção na percepção dos tamanhos, formas e relações espaciais)
- Miocardite, pneumonia intersticial, pancreatite, parotidite e orquite.
Existem riscos?
Sim, apesar da maioria dos casos serem autolimitados, algumas crianças provocar proliferação de células não malignas ou malignas (exemplo: síndrome hemofagocitica, leucoplasia pilosa oral, pneumonia intersticial linfoide ou ainda, linfoma de Burkitt, Doença de Hodgkin ou doenças linfoproliferativas). O diagnóstico se dá através de achados clínicos, podendo ser complementado com exames laboratoriais e sorologia e PCR para EBV. É importante procurar o especialista infectologista pediátrico para o diagnóstico e acompanhamento em casos de complicações.
DRA. DEBORA GOBBI
CRM 42596 RQE 37720
Infectologista Pediátrica