
Dr. Felipe Costa, médico especialista em Ginecologia, Obstetrícia e Reprodução Assistida com longa experiência acadêmica como professor universitário, publicou um livro para colaborar na preparação para provas de Ginecologia nos concursos de acesso direto de residência. O Revisando com as melhores questões de provas de residências médicas – Ginecologia Geral e Endócrina traz os assuntos mais cobrados, nos mais diferentes estilos.
A Revista Interativa conversou com Dr. Felipe sobre as motivações que o levaram a publicar e os diferenciais do livro que traz em cada questão um QR Code para acesso a um conteúdo em áudio. Confira!
Por que lançar este livro?
Eu sempre acompanhei os concursos de residência média dos principais centros de ensino do Brasil, vendo o que caía nas provas, e se estava em consonância com o que eu estava ensinando em sala de aula para os meus alunos da medicina. Acredito que estudar e revisar os conteúdos para a prova de residência médica, por intermédio de questões que já caíram em concursos prévios, dá um diferencial ao estudante no quesito preparação para a seleção, pois ele saberá os assuntos que mais estão presentes nas provas, como eles costumam ser cobrados e os diferentes estilos de questões pelas diferentes bancas de concursos. Este livro auxilia o estudante de medicina nos seus estudos e o jovem médico na sua preparação para as provas de residência médica. Além do mais, o lançamento deste livro vem celebrar meus 15 anos de docência em ginecologia e obstetrícia na universidade no ano de 2022, que é algo que gosto e de que me orgulha muito.
Qual o diferencial do livro “Revisando com as melhores questões de provas de residência médica – ginecologia geral e endócrina”?
Primeiro, é um livro diferente dos livros técnicos de qualquer área. Ou seja, é um livro interativo, em que o leitor poderá acessar o áudio do comentário de cada questão, via QR code. Segundo, são quase 400 questões de ginecologia geral e endócrina, que foram cobradas em diferentes seleções de acesso direto dos principais centros de residência médica, do ano de 2013 a 2022. Terceiro, cada capítulo é finalizado com o gabarito das questões e com a seção “Pontos-Chave” da temática abordada. E quarto, com a qualidade editorial de uma grande editora, que é a Manole.
Fale da experiência em docência.
Ser professor de um curso de medicina me faz ser um médico melhor a cada dia, pois eu preciso responder aos anseios dos meus alunos, e para isso, tenho que estar estudando e me atualizando continuamente, além de exercer a medicina assim como eu a ensino. É uma responsabilidade enorme, mas também muito gratificante. É ensinar teoria, prática, princípios de vida e ética. Iniciei minha vida como professor na faculdade de medicina da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), depois fui professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e há sete anos sou professor do curso de Medicina da Universidade Franciscana (UFN), desde a sua criação.
Quantos anos de profissão?
Sou formado há 21 anos pela UFSM. Sou médico ginecologista do Fertilitat, em Santa Maria. Fiz minha residência médica em ginecologia e obstetrícia pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre e Especialização em Reprodução Humana pela PUCRS, com Título de Especialista em Reprodução Assistida pela AMB/FEBRASGO. Sou mestre e doutor em Farmacologia pela UFSM.
Quais os avanços na reprodução assistida?
Nas últimas duas décadas tivemos vários, como o congelamento de óvulos para a preservação da fertilidade, permitindo que as mulheres possam postergar a maternidade ou preservar os seus gametas antes de se submeterem a tratamentos oncológicos. O diagnóstico genético pré-implantacional (PGD), não só para detecção de mutações gênicas, a fim de evitar a transmissão de doenças hereditárias aos filhos de pessoas afetadas, mas também para rastreamento de embriões euploides, melhorando, assim, o prognóstico reprodutivo do casal. Isso é possível porque esse estudo genético permitirá a transferência para o útero da paciente somente de embriões sem as alterações cromossômicas que foram pesquisadas, sendo as mais comuns as trissomias dos cromossomos 21, 18 e 13. E o maior avanço, não só temporal, mas de prática médica na atualidade e de aceitabilidade pelos casais é a recepção de óvulos como uma alternativa segura para aqueles que não possuem óvulos próprios aptos à gestação. Nesse sentido, além do programa de doação compartilhada de óvulos, há consagrados bancos de óvulos internacionais que podem enviar gametas ao Brasil, respeitando todas as exigências previstas pelo Conselho Federal de Medicina, pela Anvisa e pela legislação brasileira.